Escolas Sustentáveis e COM-VIDA
MODALIDADE: Aperfeiçoamento DURAÇÃO: Novembro de 2013 a Maio de 2014 CARGA HORÁRIA: 180h |
O curso de aperfeiçoamento Educação Ambiental Escolas Sustentáveis e Com-Vida é um processo formativo para educadores que propõe uma jornada de estudos e práticas que articula ciências, arte, tecnologia, conhecimentos ancestrais, emoção e razão. Segundo orientações da Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC (CGEA) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), o curso aborda as mudanças ambientais globais a partir dos seus impactos nos quatro elementos (água, ar, fogo e terra), visando estimular os profissionais da educação básica a desenvolverem uma educação ambiental contextualizada de forma transversal à prática pedagógica da escola, na medida em que os capacita para a observação do território e da realidade socioambiental, étnica e cultural da comunidade escolar, com percepção político-científica do contexto global.
Em consonância com o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, esta jornada é a oportunidade de colocar em prática a responsabilidade ética de mobilizar a comunidade escolar. Portanto, mais do que redutos de conhecimento formal, a formação é voltada para que as escolas se tornem centros de ensino-aprendizagem para a vida e para o cuidado com a vida. É assim que, por meio do sistema da Universidade Aberta do Brasil, na modalidade semi-presencial, o curso oportuniza a formação de multiplicadores em escolas de educação básica da rede pública com foco na temática da sustentabilidade humana e ambiental. O objetivo é formar coletivos comunitários habilitados a transformar a escola em espaço educador sustentável a partir da articulação entre currículo, gestão e espaço construído. E, sobretudo, formar professores do ciclo básico em Educação Ambiental, capacitando-os para o cumprimento da política nacional de educação ambiental.
Esta oferta, com uma carga horária de 180 horas distribuídas em 5 módulos, é uma oportunidade de estudos sobre a diversidade e a biodiversidade brasileiras, uma vez que o curso é realizado nos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Esta diversidade (biológica, sociológica, cultural, enfim) requer escuta atenta para os processos complexos na relação humano-humano e humano-natureza e que, fatalmente, se traduzem em territorialidades no ambiente escolar. É, também, uma oportunidade de se desenvolver um diálogo consequente, metódico e produtivo pela educação, capaz de gerar projetos viáveis, que materializem os sonhos de escola sustentável, pautados no reconhecimento da riqueza de nosso país e engajados na distribuição efetiva de oportunidades para a superação das desigualdades e iniquidades.
O material didático foi concebido e produzido de forma colaborativa e proporcional, entre as IESs: Universidade Federal do Mato Grosso (Módulo I), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Módulo II) e Universidade Federal de Ouro Preto (Módulo III).
A Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC (CGEA) propõe a realização deste curso considerando o relevante papel que a educação ambiental desempenha na melhoria da qualidade da educação, bem como na geração de atitudes responsáveis e comprometidas da comunidade escolar com as questões socioambientais locais e globais.
A proposta encontra-se em consonância com o Programa Nacional de Mudança do Clima (PNMC) e é articulada e financiada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) / MEC e pela Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC (CGEA).
“O mundo é formado não apenas pelo que já existe,
mas pelo que pode efetivamente existir”
Milton Santos
Disciplinas |
Calendário 2013/2014 |
Mapa de oferta 2010/2013 |
A mudança civilizatória sem precedentes, que tem nas mudanças ambientais globais a sua face mais visível, exige dos profissionais de educação uma abordagem da integridade da biosfera e da sobrevivência humana no planeta, que extrapola a visão meramente biocêntrica com que a educação ambiental tem sido usualmente tratada. Para isso, a Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC considera fundamental a formação continuada de professores e profissionais de educação numa perspectiva de educação ambiental interdisciplinar e transversal, em diálogo com o projeto político-pedagógico das escolas. Escolas sustentáveis são definidas como aquelas que mantêm relação equilibrada com o meio ambiente e compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, de modo a garantir qualidade de vida às presentes e futuras gerações. Esses espaços têm a intencionalidade de educar pelo exemplo e irradiar sua influência para as comunidades nas quais se situam. A transição para a sustentabilidade nas escolas é promovida a partir de três dimensões inter-relacionadas: espaço físico, gestão e currículo. Nosso objetivo é certificar, em nível de aperfeiçoamento, profissionais da educação, como gestores e professores vinculados a escolas públicas do ensino médio, fundamental ou da educação infantil; servidores federais, estaduais ou municipais, cuja atividade inclua o trabalho com escolas, especialmente aqueles que trabalham com projetos e desenvolvem atividades que interferem na rede física da educação, ou pessoas que trabalhem, estudem ou tenham interesse pela temática do curso, tornando-os aptos a pensar, articular, compartilhar e conduzir processos de transformação das escolas em espaços educadores sustentáveis. O curso tem por objetivo formar coletivos comunitários habilitados a transformar a escola em espaço educador sustentável a partir da articulação entre currículo, gestão e espaço construído. Desenvolvido na modalidade semi-presencial, o curso tem a duração de 5 meses, usando a internet como meio de comunicação e integração entre os participantes, tutores e professores, e também para acesso ao material de apoio, especialmente desenvolvido por uma equipe de especialistas. Sua proposta pedagógica está assentada na relação teoria-prática, que expressa uma concepção de formação humana e de gestão educacional dentro dos marcos da democracia e da cidadania, buscando incentivar o pensamento crítico sobre a nossa realidade socioambiental, tendo a escola como local privilegiado. Esse processo de formação implica na apropriação de meios, mecanismos e instrumentos que permitam intervenções satisfatórias na transformação das escolas em espaços educadores sustentáveis, a partir da compreensão do conceito de sustentabilidade. O curso é organizado em módulos, com previsão de quatro encontros presenciais, sendo as demais atividades realizadas a distância. Como trabalho de conclusão do curso, os participantes são orientados a desenvolver projetos de intervenção local, considerando a interação entre escolas e comunidades. Os portais de referência para o desenvolvimento das atividades são a Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública e Portal do Professor. Os tutores a distância acompanham os cursistas e a elaboração de projetos de intervenção de maneira virtual na Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede. Os cursistas podem se reunir nos polos presenciais, com disponibilidade de um tutor presencial. O material didático é condizente com os objetivos, ementa e fundamentos teórico-metodológicos, bem como é organizado segundo os módulos propostos. O curso está disponível offline via material impresso e multimídia. O produto final do curso é a apresentação de uma proposta de intervenção na realidade escolar, elaborada individualmente ou em grupo. As atividades desenvolvidas pelos cursistas são acompanhadas e avaliadas de modo contínuo pelos tutores, professores e coordenação. Essa equipe se mantém em constante interação visando à troca de informações, à apreciação conjunta das dificuldades e à busca de soluções relacionadas às dificuldades de cada componente curricular. A avaliação é desenvolvida de forma unilateral e também compartilhada tutor/professor/coordenador e cursista, procurando compreender o processo de construção do conhecimento. Devido à natureza interativa desse processo, o diálogo constitui base fundamental da avaliação, cabendo aos tutores/professores a iniciativa de proporcionar os estímulos e incentivos necessários ao desenvolvimento dessa prática pedagógica, respeitando e estimulando o cursista, que é um parceiro ativo nessa interação. São considerados os seguintes instrumentos avaliativos, considerando-se a conclusão e envio das Atividades de Aprendizagem e dos Observatórios para o Ambiente Virtual de Aprendizagem dentro dos prazos pré-estabelecidos: Estão previstos quatro encontros presenciais durante o curso. A aferição relativa aos 75% de “presença” no curso, exigidos por lei, é feita via registro/avaliação da participação dos cursistas nas atividades interativas no ambiente em rede colaborativa (fóruns, chats etc), além da efetiva participação nas sessões presenciais. O curso de aperfeiçoamento Escolas Sustentáveis e Com-Vida está estruturado de acordo com disposições da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e da Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC (CGEA), e concede aos cursistas que realizarem 75% das atividades obrigatórias e apresentarem projeto de intervenção local, o Certificado de Aperfeiçoamento expedido por essa instituição. Curso ofertado nos polos: Araguari União dos Palmares – AL Bálsamo – SP Barão de Cocais – MG Barretos – SP Bragança – PA Camaçari – BA Cametá – PA Coromandel – MG Dias D’Avila – BA Dom Eliseu – PA Frutal – MG Governador Valadares – MG Igarapé-Miri – PA Ipatinga – MG Lagamar – MG Macapá – AP Marabá – PA Oiapoque – AP Ouro Preto – MG Santana – PA São Sebastião da Boa Vista – PA Uberlândia – MG Vitória – ES Email geral es.ufop@gmail.com Estagiários Antônia Duarte Caixeta Pâmella Felicio Pereira e Silva Stephane Fabris Presidente Professores Prof. Herman Hudson De Oliveira Prof. Jorge Luiz Brescia Murta Prof.ª Luana Roque Silva Mendes Barros Coordenadora Técnica Email geral escolassustentaveis@cead.ufop.br Coordenador Prof. Jorge Luiz Brescia Murta Professores Prof.ª Clarisse da Silva Vieira Prof. Daniel Clark Orey Prof. Gilson Antônio Nunes Prof. Gilberto Fernandes Prof.ª Marilene Andrade Ferreira Borges Prof. Herman Hudson De Oliveira Prof.ª Luana Roque Silva Mendes Barros Prof.ª Tatiana Gomes Ferreira Prof. Milton Rosa Prof. Renato de Mendonça
A criação de espaços educadores sustentáveis visa atender às ações elencadas como necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas. Por isso, foi inserida como iniciativa do MEC nas pautas interministeriais previstas no Plano Nacional de Mudança do Clima, constituindo elemento facilitador na prevenção e no enfrentamento de riscos ambientais e no fortalecimento do Sistema Nacional de Defesa Civil (Lei 12.340/2010).
A Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (Com-Vida) é elemento estruturante na constituição de espaços educadores sustentáveis. Trata-se de um colegiado que envolve estudantes, professores, gestores, funcionários, pais e comunidade com o objetivo de promover a sustentabilidade na escola em todas as suas dimensões, estabelecendo relações entre a comunidade escolar e seu território em busca de melhoria da qualidade de vida. A originalidade desse coletivo é estimular e fortalecer a liderança estudantil na definição dos destinos da escola. Orientada por esses objetivos, a Com-Vida anima um espaço de construção coletiva do futuro que se deseja e, para isso, estabelece a “Agenda 21” na Escola.
Como espaço de diálogos, a Com-Vida ajuda a escola a projetar e implementar ações visando um futuro sustentável. Isso tem reflexos no exercício de cidadania, de respeito aos direitos humanos e à diversidade sociocultural, bem como na gestão do espaço físico da escola, aprimorando a eficiência no uso dos recursos e diminuindo o desperdício de água, energia, materiais e alimentos. A Com-Vida pode influir na política de compras e na destinação adequada de resíduos, entre outras práticas voltadas ao bem-estar pessoal, coletivo e ambiental.
Nesse sentido, a transição para a sustentabilidade da comunidade escolar passa, necessariamente, pela criação, estruturação e fortalecimento da Com-Vida. Isso envolve a destinação, pela escola, de espaço para o funcionamento desta comissão, bem como a realização de uma agenda permanente de ações, como diagnósticos da situação socioambiental, promoção de palestras, visitas guiadas, oficinas, entre outras atividades identificadas como necessárias pelo coletivo escolar.
A busca de sustentabilidade e a implementação da “Agenda 21” na Escola constituem exercício permanente e preveem alterações graduais no ambiente e na rotina escolares. Por isso, a Coordenação-Geral de Educação Ambiental do MEC trabalha com o conceito de “transição para a sustentabilidade”. Isso envolve o desenvolvimento de uma visão de futuro, o planejamento das ações para alcançá-lo e a busca de recursos para realizar ações identificadas como prioritárias, bem como persistência do coletivo escolar em alcançar as metas pretendidas.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Escolas Sustentáveis surge nesse contexto e preconiza a utilização dos recursos em ações que possam conferir visibilidade à intenção de educar para a sustentabilidade. A escola poderá utilizá-los em uma ou mais ações relacionadas ao espaço físico, à gestão ou ao currículo. É importante, porém, que as intervenções possibilitem à escola realizar uma experiência demonstrativa, que seja amplamente divulgada e estimule processos pedagógicos, tornando-se referência na promoção da cultura da sustentabilidade.
Da Presencialidade